Teoria da relatividade geral de Einstein é comprovada mais uma vez
26.jul.18 - Ilustração mostra a estrela S2 ao passar perto de buraco negro, no centro da Via Láctea |
No início do século passado, quando Albert Einstein propôs sua Teoria
da Relatividade Geral, surgiu sua famosa equação que diz que E=mc²,
fazendo a relação entre massa, energia e a velocidade com que a luz se
propaga no vácuo. Só que, naquela época, pouco se podia fazer na prática
para atestar a teoria brilhante. Desde então, teorias do gênio vêm
sendo comprovadas em observações espaciais possíveis graças ao avanço da
ciência e da tecnologia — e, agora, uma equipe de cientistas do
European Southern Observatory (ESO) acabou de comprovar a equivalência
massa-energia determinando o que acontece quando uma estrela passa por
um buraco negro.
O estudo vinha sendo conduzido há 26 anos,
usando dados do Very Large Telescope para tal. O telescópio ficou
apontado para o centro da Via Láctea por tempo suficiente para a
obtenção dos resultados e, segundo Françoise Delplancke, chefe do
departamento de engenharia de sistemas do ESO, "aqui no Sistema Solar,
só podemos testar as leis da física agora e sob certas circunstâncias;
por isso, é muito importante na astronomia verificar também se essas
leis ainda são válidas onde os campos gravitacionais são muito mais
fortes".
E é exatamente isso o que a equipe vinha fazendo nas
duas décadas e meia que se passaram em sua pesquisa. No centro da Via
Láctea, a cerca de 26 mil anos-luz de distância, está um buraco negro
supermassivo que é mais de 4 milhões de vezes maior do que o Sol. Só que
ao seu redor há um montão de poeira e outros objetos, o que torna uma
observação estelar muito difícil.
Contudo,
com uma boa dose de paciência aliada a tecnologias de ponta é possível
analisar o que acontece com uma estrela que estiver passando em alta
velocidade por um buraco negro supermassivo. Fazendo isso, os cientistas
conseguiram determinar as assinaturas gravitacionais dessas estrelas,
observando como as coisas mudam à medida em que os astros são afetados
pela atração gravitacional do buraco negro.
De acordo com o estudo
da equipe, a teoria de Einstein se encaixa perfeitamente nas extremas
condições em que já foi testada, com mais esta comprovação de agora.
Sendo assim, se as ideias do gênio sobre como a física funciona também
valem para um cenário envolvendo um buraco negro supermassivo, isso
indica que sua teoria será válida em praticamente qualquer outro lugar
do universo.
Fonte: The Next Web
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