UNILA é contemplada em edital da Fundação Araucária para criação de Agência de Inovação

Inovação Tecnológica
UNILA é contemplada em edital da Fundação Araucária para criação de Agência de Inovação
A UNILA foi uma das universidades paranaenses contempladas pela Chamada Pública 13/2017
da Fundação Araucária, do Programa de Apoio à Criação, Manutenção e
Consolidação de Núcleos de Inovação Tecnológica (NITs) no Estado do
Paraná. A Universidade recebeu, no total, R$ 124.325,00, que deverão ser
utilizados para a implantação e estruturação da Agência de Inovação da UNILA.
A verba deverá ser utilizada principalmente para a promoção de
capacitações, pagamento de depósitos de patente e aquisição de material
bibliográfico. “Pretendemos realizar capacitações para que todo o corpo
docente possa entender o que é patente e saiba como redigi-la”, diz a
chefe da Divisão de Iniciação Científica da Pró-Reitoria de Pesquisa e
Pós-Graduação (PRPPG), Jessica Aparecida Soares. Após a formalização da
Agência de Inovação da UNILA, já será possível depositar quatro pedidos
de patente que estão aguardando para serem encaminhados.
Este trabalho de acompanhar o registro das patentes, oferecer
suporte aos pesquisadores, buscar parcerias, entre outras atividades,
será desenvolvido pelo Núcleo de Inovação Tecnológica da UNILA (NIT),
que foi criado recentemente e servirá de suporte para a implantação da
Agência. “No modelo que propusemos para a Fundação Araucária, o NIT
trabalhará com propriedade intelectual e transferência de tecnologia, e
terá uma outra divisão, para tratar de inovação e empreendedorismo”,
detalha Jessica. Isso possibilita que, no futuro, a UNILA venha a ter
uma incubadora de empresas, por exemplo.
Longo trabalho
O processo de formalização dessas instâncias é longo, conforme ela
relata. Desde 2015, um grupo de trabalho foi formado para elaborar uma
Política de Inovação. Participaram desse grupo, também, os professores
Katya Regina de Freitas Zara, Cristian Antonio Rojas, Janine Padilha
Botton e Gláucio Rolloff (agora, aposentado). Após a conclusão do
trabalho do grupo, começaram os preparativos para concorrer ao edital da
Fundação Araucária.
Para esta segunda etapa, foram convidados, então, os professores
Oswaldo Hideo Ando Junior e Kelvinson Fernandes Viana, pesquisadores já
com trabalhos amadurecidos e com patentes prontas para serem
depositadas. Na opinião de Kelvinson, que é professor do curso de
Biotecnologia, “é impossível termos uma universidade em evidência sem
uma forte política interna de inovação e geração de patentes, pois isso
gera formação de recursos humanos de elevada qualidade (alunos de
graduação e pós-graduação) para o mercado de trabalho, retorno
financeiro para a própria universidade via Royalties - quando o produto
ou processo chega à indústria -, além de aproximar a universidade à
comunidade local de forma positiva”.
Para ele, “a Agência de Inovação é uma das maiores vitórias que a
UNILA conseguiu nos últimos anos, e que certamente colherá grandes
frutos para a própria comunidade acadêmica”. O professor Oswaldo Hideo
Ando Junior destaca que “as universidades brasileiras são amplamente
conhecidas como entidades formadoras de conhecimento, com capacidade de
produção de pesquisa relevante, e bem posicionadas em termos de artigos
científicos publicados, mas ainda muito defasadas nos indicadores de
inovação”.
Assim, para Ando Junior, “visando dar o primeiro passo em busca do
estabelecimento da cultura de inovação em nossa Instituição e,
consequentemente, dar nossa contribuição para a melhoria dos indicadores
de inovação do Brasil, entendo que a criação da Agência de Inovação na
UNILA é estratégica para o futuro da Universidade, dando um grande passo
para que possamos transformar conhecimento em riqueza, em prol do
desenvolvimento do território e da sociedade brasileira”.
Para o chefe do Departamento de Pesquisa, professor Rodrigo Cantu de
Souza, “este é só o primeiro passo, mas é um passo bem importante.
Posteriormente, para cada uma das patentes depositadas, se tiverem algum
tipo de inovação, de desdobramento, se conseguirmos colaboração de
empresas que venham a desenvolver produtos em cima dessas patentes, já
virão outros tipos de contratos, de trabalhos, conforme a Política de
Inovação da UNILA”, completa.
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